terça-feira, maio 09, 2006

Quero perder a razão!

Quero perder a razão!
Me desfazer dela pra preencher o vão...
Para inquietar minha alma
Sondar o irracional, contemplar a calma!

Não a quero mais! Vá embora!
Chega de teorizar, só faz demora!
Tomo olhos insanos da plenitude
sem razão, apenas sentimento e virtude

Assim sinto a alma e ela me toca sentida!
Eu quero ser um cego a lapidar a vida,
somente no tato, sem finito...
brinco na beira do insano, eu admito

E daí? Quero chorar como as chuvas
Seguir leve, tocar sem luvas...
rir bobo e amar como louco
gritar o que fere, mesmo estando rouco

Então, exploda peito, exploda em pedaços!
reinvente-me a cada alvorada, tire este embaço...
Torne-me tirano de mim, o absoluto!
e corte a âncora da razão!! Sem nenhum luto...

José Augusto Sapienza Ramos (índice de posts de José)

Um comentário:

Anônimo disse...

queres? queres?
que tal começar indo?

"a salvação é pelo risco sem o qual a vida não vale a pena" (clarice lispector)

Beijos,
Dani.