domingo, junho 25, 2006

Por que sempre há porquê?


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José Augusto Sapienza Ramos (índice de posts de José)

O preço da razão


Quanto vale ter razão?
Será o preço da solidão?
Menor do que o da opnião?
Não quero estar só, quero platéias,
Audiências, quero ser guru, mentor, guia

Sei que meus dias na Terra
Têm sido sementes jogadas na pedra fria
Mas tenho minha convicção,
E serei guardião de minhas verdades vazias

Se todos aqueles que pagaram caro
Por suas posturas e ideologias
Hoje são, não raro, modelo de força
E amparo para as multidões de hoje em dia



Alexandre Giannini (índice de posts dos outros contribuidores)

quinta-feira, junho 22, 2006

Aqui do meu sétimo andar

Aqui no meu perfeito sétimo andar
minha janela me semi-reflete
mas seu olhar para mim é nítido
como meu próprio vidro

Vejo entre os dias nesse andar
o que um destino desconhece
e vejo pessoas em seus descompassos
mas procuro a harmonia nos seus traços

Assim passou aqui no sétimo andar
uma lembrança que já escurece
e eu aqui, simplesmente olhando
paralisada no meu coração brando

E me refugiando no sétimo andar
o dia já se vai, adormece
Mas acordo! Chega de lua, chega de romance
Ação! Antes que a sorte, de sorrir, se canse!

E caio em mim do sétimo andar
a contemplação desaparece
senão o mais perto do céu que vou chegar
será aqui no meu quarto, no sétimo andar

José Augusto Sapienza Ramos (índice de posts de José)

sábado, junho 17, 2006

Fantasia


Crio a fantasia de fantasia
entro no mundo desta fantasia
finjo ser outro, outra e outros
que de fantasia não poderiam ser.

Dentro da fantasia de fantasia
crio um mundo. Destrincho o oculto
meço aos palmos uma teologia modista qualquer
para fingir de deus dentro do meu mundo.

Dizem que tô biruta, viajei na helman's
entrei de cabeça numa caixolinha infantil,
só por que brinco de fantasiar minha fantasia
só por que sismo em fugir da nossa fantasia.

Crio rios, pessoas, amores e sentidos...
motivos rimados com alguma paradoxidade do meu ego, qualquer.
E dizem que fujo para meu mundo de fantasia.
por não aguentar a fantasia deste mundo.

Não sou romântico, talvez egocêntrico, talvez...
mas prefiro o refúgio do meu mundo,
por não entender a fantasia deste mundo
ou por não suportá-la dividi-la com ninguém.

Marcos Vinicius Policarpo Côrtes (índice de posts do Marcos Côrtes)

sexta-feira, junho 16, 2006

Só Você...

Quando te conheci
não imaginei o que pudesse ocorrer.
Pensei que seria mais uma amiga.
Mais uma pessoa para conversar.
Me enganei!
De uma forma imperceptível
você começou a dominar meus pensamentos.
Algo tão singelo
que nem eu percebi acontecer.
Talvez a distância tenha contribuído para isso.
Ficamos muito tempo afastados.
Mas, mesmo este período
não bastou para um esquecer o outro.
Nos reencontramos há pouco tempo,
mas este reencontro
fez vir à tona coisas perdidas na memória.
Coisas como o quanto você é simpática,
engraçada, gentil....
Enfim, maravilhosa.
Já coisas como o doce som de sua voz
e seu gracioso sorriso
não eram conhecidas.
Mas depois de conhecê-los, não mais os esqueci.
Não enquanto estive consciente.
O tempo,
cruel com alguns,
foi generoso com você:
Está cada vez mais linda!
Seu jeitinho meigo,
avoado e “maluquinho”
é extremamente apaixonante.
Posso não lembrar de tudo que foi dito e/ou feito,
mas, cada momento com você é especial.
Você é especial!
A cada dia eu te conheço mais,
me impressiono mais,
te adoro mais.
Desejo que seja sempre assim.
E que nunca nos afastemos.

Eduaro Silva Ramos (índice de posts de Eduardo)

quarta-feira, junho 14, 2006

Flores no mar

Não restou nada daquilo
A que chamamos amor
Só ficou mesmo a palavra
Cujo o sentido o tempo gastou

Instalou-se o silêncio vazio
Guerra fria, sem ataques
Só de mortos sem feridos
Fez de nós soldados covardes

A noite chega e quero fugir
Quero sair sem te encontrar
Até o novo dia luzir
Vou sumir por aí, vou me libertar

A semente que não germinou
Já secou, já morreu
Tudo que era você e eu
Não durou, se perdeu, como flores no mar

Alexandre Giannini (índice de posts dos outros contribuidores)

sábado, junho 10, 2006

A morte, renovação da vida

A morte passou aqui em casa,
abriu ferida
para me jogar na cara,
o que é a vida

José Augusto Sapienza Ramos (índice de posts de José)

Bom Dia!

Naquela rua em que você morava
Todo o dia passava e te dizia:
- Bom dia!
Mas você não se importava,
Me deixava de mãos e alma vazia

Vi você depois, casada, a mudança do corpo
A criança no peito, a perda da beleza e da alegria
Mesmo assim eu te amava
E quando passavas eu te dizia:
- Bom dia!

Agora, estás separada, sozinha e cansada,
Sem pendores no corpo, de vida vazia
E eu continuo a amá-la, como novos amigos
O tempo e a morte te desejam
- Bom dia!

Alexandre Giannini (índice de posts dos outros contribuidores)

quinta-feira, junho 08, 2006

A gaivota meta-poema de papel

Esbocei minha inspiração num papel
Dobrei-o numa gaivota para cortar o céu
Mas é papel, tem asas fixas, voa curto sentimento
então depende do leitor, do seu vento...
para não cair do solo estéril do esquecimento

Então sopres leitora alma, para ela voar
Minha gaivota aos deuses, quer tocar
Depois descerá, tocará outros leitores
Trazendo pétalas das longínquas flores
para recriar nossos amores...

Mas quando minha gaivota esmaecer no chão
que alguém faça outra, dobre em papel sua inspiração
Assim darei meu vento, deuses ela tocará
e vai descer para meu amor recriar
então farei nova gaivota, para o céu cortar!

José Augusto Sapienza Ramos (índice de posts de José)

quarta-feira, junho 07, 2006

Folhas Vermelhas

Cada dia entendo menos
O que o meu redor se passa
Comtemplando as folhas vermelhas
Não vejo mais graça nelas
Histórias velhas...

Pela manhã, me sento sozinho
E sinto o frio, forte e amargo sabor
Do café em minha boca, da rotina, do descompasso
Passo eternidades, morro a cada momento
Lamento o tempo desperdiçado

Lá fora há verde e cinza
Confusão de roupas coloridas, penduradas no espaço
E as motivações hmanas já não me convencem de estar vivo
Manchas coloridas humanas, sujando de cinza
O meu espaço

E enquanto caem as folhas, que de vermelhas
Tornaram-se marrons e secas
O outono da minha vida dá lugar ao inverno
Sem ter visto verão, sem sementes, flores ou frutos
Legados para nova estação.

Alexandre Gianinni (índice de posts dos outros contribuidores)

terça-feira, junho 06, 2006

11 de Setembro de 1973


Dia triste...
De um ano triste...
Uma nação, um sentimento
Sucumbiam diante do medo

Ouvem-se tiros,
Gritos e pratos quebrando
Era a milícia chegando
E roubando os sonhos de todos

Aviões assassinos
Rompendo os céus
E transformando em réus
A todos os sonhadores

Rios de lágrimas
Descem dos Andes
Pois a nação grande
Caída está

Chile lindo
De linda gente
Agora está doente
Sem ter como lutar.

Sonhos destruídos
Liberdade roubada
Mas estamos mudos
Não podemos gritar

Aí vem o exército
Para nos torturar
Senhor onde estás!
Só temos Tu para nos ajudar!

Majestosa é a grande montanha
Que nos deu por guarda o Senhor
Mas hoje ela chora
Pois neste dia o Chile é só tristeza e dor.

Marcos Vinicius Toledo de Farias (índice de posts dos outros contribuidores)

segunda-feira, junho 05, 2006

Manhã Escura

Mas logo desperto, o manto das estrelas é
--------------------------------[recolhido...
Fez-se dia, mas um sem te sentir, ter sentido!

Escute manhã, ilumine os quartos da cidade
mas não revele a escuridão dessa vontade!
Não exploda as lembranças dos gemidos
trazendo volúpia na minha saudade...

Cobiço beijos que em seus lábios, ainda estão
e risos soltos, meu capricho de adoração
Mas não posso me esbaldar em seu ser
pois não tenho mais seus olhos de querer
só um vasto, sem a flor de comoção...

Então, passe manhã escura, sem ternura!
estou sem o sereno da sua beleza, nem isso sequer
Nada mais que me faça a chamar de minha mulher...

E a luz se vai, cubro-me no manto estrelado
Seus gemidos ficam agora, abstraídos
fazendo leito no meu desejo de seu cacheado...
Mas logo desperto, o manto das estrelas é recolhido...
Fez-se dia, mas um sem te sentir, ter sentido!
...

José Augusto Sapienza Ramos (índice de posts de José)

domingo, junho 04, 2006

Palavras: Veneno e Remédio

Pense sempre antes de dizer qualquer coisa.
Uma vez dito não tem mais volta.
Palavras tocam a alma e o coração,
causando júbilo ou perdição.
Palavras são veneno e remédio

A boa palavra
vence a batalha antes mesmo de começada;
A palavra impensada
dá ao inimigo
a oportunidade para destruí-lo;

Com palavras a paz se pode alcançar,
ou a guerra declarar;
Do amor imortal,
ao ódio incondicional.
A estes extremos se pode chegar,
com meia dúzia delas em teu linguajar.

Não diga nada que venha a se arrepender depois
É melhor não dizer, pois
A palavra mal dita,
Nem mesmo um pedido de desculpas em seguida,
Retira a ferida por ela infligida,
Mas a relembra e revigora.

Palavras geram palavras
Em um efeito multiplicativo
Discórdia, Desarmonia, Maldade
Misericórdia, Harmonia, Bondade

Pense sempre antes de dizer qualquer coisa.
Somos julgados pelas palavras que usamos,
e como as usamos.
Nos tornamos o que falamos.

E.M. - Pax Optima Rerum (índice de posts dos outros contribuidores)

sábado, junho 03, 2006

Eu nunca te dei uma flor

Homenagem a Tom, uma alma de evangelion (anime), e um sentido meu


Eu nunca te dei uma flor

Inútil Paisagem
Tantas são as flores que vejo
o vento numa repetição sem porquê
São tantas as flores
tantas inúteis,
tantas sem razão de ser.

E no fundo esta vantagem
de está aqui e receio,
O vento não me trará o que quero.
Essas, as inúteis flores
não fazem sentido.

Eu nunca te dei uma flor.

Inútil paisagem
são tantas flores
tantas sem importância
este vento que não venta
um sufocar desprazer.
são tantas (para que?).

Inútil saudade
tantas flores que quis
tantas inúteis,
sem importância ou ser,
(Eu nunca te dei uma flor.)
além das que colho
e as que deixo na lembrança.


Marcos Vinicius Policarpo Côrtes (índice de posts do Marcos Côrtes)

Dia insensível

A morte soou ao telefone
e com anjos veio a água de choro para tomar
com suas gotas na face, a me cortar!
Uma pessoa amada, me foi tirada...

Da janela, vi dia ensolarado,
carros, pessoas, tudo corrido...
(a revolta tomou o ser...)
"Eu tenho esse triste motivo...
Ele tem que estar de luto, parado!"

Mas não, ele estava ensolarado...
Então minha ira golpeou:
"Que frieza incrível! (...) Dia insensível!!!!"

E assim subverti o emocional:
"Então, dia e morte são aliados!!!!
Por isso ele se mostra tão passional...
Pois o dia a passar, faz a morte chegar
"

José Augusto Sapienza Ramos (índice de posts de José)