terça-feira, março 31, 2009

Vontade


Sarau
Função não possui.
Platéia alguma fala mal.
Face rubra em palco sem luz.

Poesia
Rima é lógica mal construída
Não há mente, não faço!
Não há carne, não fato.

Medo
e de vez em quando delírio
sem desculpas do que almejo.
Mas de poema, as vezes, eu vivo.

Saudade
O que vivo no peito possuo.
Isto dos outros está oculto.
Pois na sua morada faz sua vontade.

sexta-feira, janeiro 02, 2009

A-mo-te (ou em algum dia de 2004)

Amo-te tempo. Amo-te como nova,
Amo-te a cada segundo consumido,
cada cinco segundos, apaixonado,
Por mais um mocado de ti.

Amo-te por que te amo como queira,
Como apareça de forma desperta,
até que te consuma por toda,
Por dentro, por fora, eterno.
Termino quando amo a próxima.

Escrevo para ti como quem perdera noção
do que escrevera há tempos atrás.
Amo você todo, só cada parte diferente
De forma diferente. Às vezes descrente.

Amo-te porque te desejo,
Ligação entre partes não inteiras
Desejos que não são completos, tão.
Continuidade que não vem, nem vai:
Inércia dinâmica?

Amo-te tempo, amores da minha vida,
segredos abertos e mal falados
Da forma discreta e certa de ler.
Desejos perdidos e confusos,
Mas agora e sempre abertos.
Amo-te tempo. Já amei?

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Ponto de vista do poeta

Na vida
Alguns cantam
Muitos gritam
Poucos (se) perguntam


Mas eu rio...
E como rio,
Sucumbo amador

Fluindo na vida

Desaguando na morte

No leito do desejo

Com certo desespero


Augusto Sapienza