Sentado na sala das muitas idades
Com a janela da alma para oeste
Um belo crepúsculo acontece
Trazendo às mãos inúmeras verdades
O astro não mais me aquece
O corpo esfria junto da noite
E a mesma nos olhos me escurece
Com branco da lua tomando a pele
E cerro minhas janelas da c'alma
Fitando o forte esplendor rubro,
Chama final do meu próprio crepúsculo,
Um esplendor de todo o meu amor
E nessa nova noite nada breve
De duas luas de Ismália, o fogo pereceu
E o corpo é uma branca e fria neve
Mas o sopro da vida paira como uma pluma leve...
José Augusto Sapienza Ramos (índice de posts de José)
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