terça-feira, agosto 01, 2006

Rubro Crepúsculo


Sentado na sala das muitas idades
Com a janela da alma para oeste
Um belo crepúsculo acontece
Trazendo às mãos inúmeras verdades

O astro não mais me aquece
O corpo esfria junto da noite
E a mesma nos olhos me escurece
Com branco da lua tomando a pele

E cerro minhas janelas da c'alma
Fitando o forte esplendor rubro,
Chama final do meu próprio crepúsculo,
Um esplendor de todo o meu amor

E nessa nova noite nada breve
De duas luas de Ismália, o fogo pereceu
E o corpo é uma branca e fria neve
Mas o sopro da vida paira como uma pluma leve...

José Augusto Sapienza Ramos (índice de posts de José)

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