quarta-feira, julho 12, 2006

Pétalas Podres

Nas aparências, beleza, saúde, perfeição
Doce perfume, toque macio, cabelos lisos
A quente ou a frio, maquiagens de ilusão

A alma é pequena, e o que vale a pena
Para estas caídas é a alegria falsa
A palavra contida, a imitação da vida
Flores do mal, que afinal se expõem
Quando alguém se opõe aos seus objetivos
Egoístas e banais...

É o desperdício de uma encarnação
É o auge do medo e da ambição
Esquecimento eficaz que todos somos
Frágeis mortais...

Não lhes dói a dor alheia
Escondem tragédias pessoais
Só lhes interessa quem se alardeia
Quem ganha, aparece e consome mais

E eu, perdedor nato, não morro nem mato
Mas não vou me privar da ironia
E até o fim dos meus dias
Demonstrar minha indignação
Com essa época de flores falsas,
De pétalas podres, de mulheres sem alma,
Sem Deus, sem amor, sem coração...

Alexandre Giannini (índice de posts dos outros contribuidores)

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