Em uma montanha longínqua
uma ave alça vôo.
Voa tão longe que, às vezes,
esquece do seu lugar de origem.
O vôo é como uma fuga da realidade,
para ver as coisas sob um novo prisma.
Voando tão alto e só,
a ave encontra paz.
Parece libertar-se de seus problemas.
Seu sonho é voar sem limites,
sem ter medo de nada,
apenas planar para longe,
sentindo-se vivo.
Seu corpo coberto por algo diferente
faz com que outras aves
mantenham certa distância.
Não com o intuito de isolar-se,
mas como proteção,
evitando ser machucado.
Isso contribui para sua solidão.
Essa ave é chamada de Fênix,
seu corpo é envolto por fogo
sua habilidade, a de renascer das cinzas,
começando a vida novamente.
Mas a ave é mais do que aparenta.
Seu vôo são pensamentos.
Seus sonhos são anseios.
Seu fogo é a timidez.
Seu renascer é o coração.
Sei disso porque, na verdade,
a ave é humana,
um ser humano.
A ave sou Eu!
Eduardo Silva Ramos (índice de posts de Eduardo)
quarta-feira, julho 19, 2006
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