sábado, abril 29, 2006

Um lobisomem não tão juvenil

Ah! Esses murmúrios na minha consiência
Tornam-se grunidos de desabafos
Não existe salvação, nenhuma resistência
Essa criatura está agora em trapos

Todo meu império de céticas convicções
dentro de um novo cotidiano carregado em emoções
cái perante a lua, sem nenhuma chance ou defesa
não há porto seguro, nem alguma incerta certeza

O pior, nada disso é importante
nem todo o infinito, nem cada instante
estou sereno, firme, posto e constante
como se meu último dia fosse assim, flutuante

Eu posso dizer, você foi uma revolução
Pode ser uma resposta ao poeta Renato
você é como conseguir chegar até as nuvens
sem precisar tirar meus pés do chão

Eu sei, palavras só são o que o coração não pensa
Mas agora tens aquela chave e toda minha devoção

José Augusto Sapienza Ramos (índice de posts de José)

Obs: Os quatro últimos versos fazem menção a trechos da música da Legião Urbana - Eu era um lobisomem juvenil

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