Amanhã é um novo dia
e o sol sempre nascerá de manhã
entretanto o mundo será menor.
Será menos um dia, uma desculpa
para que então esperá-lo nascer?
Para que falar de amada
se, agora mulher, eu não desejo mais.
O sol nasceu e eu escureci.
Na pele um descaso aparente
a poesia nunca é a mesma que se lê.
A cada passo que se dá
experimenta uma decepção
uma angústia, um tropeço, corrosão
pelo que foi de nunca ter sido
pelo que devia ser era, mas sempre será.
Mas um dia nasce
amanhece um novo sol
que nunca se atrasa
passa cada dia mais rápido...
Monotonia
Para que falar de amada
se ninguém ama sem querer
e querer não é ser querido
amamos porque queremos amar...
Xenofobia
O sol nascerá amanhã
em um mundo cada vez menor
menos seguro, menos ingênuo.
O tempo não perdoa ninguém.
Fugimos para este mundo
das melâncolias, euforias e poesias.
(13/06/05) Marcos Vinicius Policarpo Côrtes
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