Não gosto do teu poema ritmado
Do teu poema paradoxal
Do teu poema metrificado
Não gosto da tua poesia
Daquela que sai das tuas pernas
Que escorre pelos teus cabelos
Não gosto das palavras, das tuas palavras
Tua boca, teus seios, teu nariz
Do teu pensamento estereotipado
Você estereotipou o pensamento?
Gosto de teu sebo particular
Teu cancro, tua febre, teu odor
Da poesia que sai como esterco
Da tua poesia apoética
Cyntia Ramos (índice de posts dos outros contribuidores)
Imagem de Daniela Macri, mais imagens dessa fotógrafa no link:
http://www.olhares.com/utilizadores/detalhes.php?id=26110
6 comentários:
Um dos mais belos poemas que já li aqui! Essa menina tem muito futuro!
Bela "aidéia", esteríotipos são chatos mesmo! Afinal, quem disse que a poesia tem que ser poética?
Bjs
"Mostre-me seu lado não ritmado,
o seu eu não pensante;
me mostre toda a fezes que prende:
o seu eu não poético."
Eita Urano poderoso este... principalmente quando brinca com as coisas de pluto : P
Um Bem ousado (urano) e por de mais mal medido (e destrutivo, pluto)
Gostei do "TEU ODOR"
é legla gostar do odor de alguém!
haha gostei da Poesia, poema sei lá...
Muito bom! :)
E passando p/ te convidar a passear pelo Blog de 7 Cabeças e ver um poema da Iara, minha convidada da semana.
[http://blogdesete.blogspot.com]
Beijosss!
É a sua cara não gostar do comum, do regrado ... Bela produção. Sinto-me orgulhosa de minha passista letrada preferida.
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