Um olhar distante
Talvez a engane
Tão profundos jorram
O sangue e a sorte
Mas ela é astuta
Não se engana o objeto estrangeiro
Nem a carne invadida,
Dilacerada, tomada,
Pode se sentir a dor alheia
E até compartilhar dela
Mas o gozo é solitário
Não comungado
Um dos olhos
Ateve-se um pouco mais
Em si mesmo
E avermelhado
Fechou-se
Num derradeiro conforto
Não lutou mais
Já não era um confronto
Era mais um encontro.
O outro permaneceu aberto
Como na espreita
Para uma única chance
Espera vã.
Talvez a engane
Tão profundos jorram
O sangue e a sorte
Mas ela é astuta
Não se engana o objeto estrangeiro
Nem a carne invadida,
Dilacerada, tomada,
Pode se sentir a dor alheia
E até compartilhar dela
Mas o gozo é solitário
Não comungado
Um dos olhos
Ateve-se um pouco mais
Em si mesmo
E avermelhado
Fechou-se
Num derradeiro conforto
Não lutou mais
Já não era um confronto
Era mais um encontro.
O outro permaneceu aberto
Como na espreita
Para uma única chance
Espera vã.
Um comentário:
Me passou tristeza, tão sem paixão... Mas é um texto bonito...
Bjs, Alice
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